quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Anonymous



Este filme vem trazer um novo olhar sobre quem seria esse grande dramaturgo e poeta que delicia a Humanidade com as suas palavras.
A força das palavras é bem mais forte do que muitas vezes se imagina. A palavra certa no momento certo tem um poder desmesurável, pois é delas que nasce a acção.
O poeta é um ser superior na medida em que consegue expressar-se a cantar. Brinca com as palavras e em vez de falar cria delícias para os ouvidos, sonhos para os sentidos. Parafraseando a Hypatia de Agora: I believe in poetry.
Escrever e publicar, algo aparentemente tão fácil para qualquer um com acesso a computador, era moroso e não tinha a grandeza que hoje se lhe atribui. A escrita, particularmente a poesia, foi (à semelhança de muitas outras artes) a herdeira de muitos pais desafortunados, que muito por ela se bateram (tal como Sade no belíssimo Quills, sobre o qual nos debruçaremos um dia destes). 
Shakespeare, fosse ele quem fosse, foi um desses progenitores.
Infelizmente, embora a história que o filme nos traz seja interessante, perde-se no meio de intrigas, tragédias e personagens incompletas e algo inverosímeis. Não tenho dúvidas de que Shakespeare seria alguém pertencente a uma classe elevada, devido à cultura espelhada nas suas obras; tal como não tenho dúvidas relativamente a perpetuidade e continuidade dos seus versos, enquanto houver vida. Mas duvido da capacidade deste filme encantar os espectadores.
Shakespeare merecia mais.

Um comentário:

  1. O filme não foca Shakespeare!
    O filme foca Edward de Vere, conde de Oxford.
    Acho que você não prestou muita atenção, hein.

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