O cinema foi uma invenção magnífica. Já o disse antes, mas não me canso de me deslumbrar com esta maravilha e, consequentemente, de a enaltecer.
Imagino como terá sido a primeira projecção de cinema e deverá ter sido uma sensação única e incomparável. Embora em patamares diferentes, a primeira projecção de cinema seria como os primeiros homens que se aventuraram pelo mar desconhecido, quando o mundo era um enorme ponto de interrogação cheio de monstros ou lendas e a sua dimensão era absurdamente ignorada. Algo que nenhum de nós sabe o que é, porque vivemos com o cinema e, mais concretamente, com o seu parente doméstico desde que nos conhecemos. E, como tal, o hábito das imagens, das mais realistas às mais surreais, nos entrarem pelos olhos é já parte de nós.
Nunca saberemos o que é experienciar o mundo tal como se nos apresenta a invadir o nosso olhar através dum simples ecrã. Para nós é natural. Está enraizado. Visitar os locais é diferente de os ver no grande ecrã, mas desconfio que nada - quer do bom, quer no mau - nos deslumbrará da mesma maneira de como seria antes do cinema levar o mundo às pessoas.
Viajar no espaço, visitar o outro lado do mundo ou experienciar os mais diversos universos será certamente diferente do que ir ao cinema, mas já não tem aquele impacto de novidade, porque todas as experiências já as vivemos na sala da magia.
O cinema é o mais próximo dos sonhos que se pode estar.
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