sábado, 29 de outubro de 2011

Wall Street



Será que a ganância compensa?
Frequentemente se disse da religião ser o ópio do povo (citando Marx) e, sendo tal certo, não é menos verdade que o dinheiro é o motor do povo. Somos seus escravos desde o dia em que nascemos.
Esta excelente película aborda de forma sólida e coesa a insaciável busca de dinheiro. Conforme refere Michael Douglas na soberba interpretação de Gordon Gekko: “greed is good”. Mais do que ser ganancioso, o mote do filme debruça-se sobre uma outra necessidade: ser egoísta. É, acima de tudo, esse o ensinamento que Douglas parece transmitir a um jovem Charlie Sheen. Terá Gekko razão?
Nos dias que correm e, considerando todo o panorama histórico e actual das sociedades ocidentais, duma maneira geral, a corrupção, ganância e egoísmo parecem prevalecer, sob o desejo/necessidade/vontade de contribuir de forma generosa para o desenvolvimento da comunidade em que se está inserido. E mais do que prevalecer, a famosa greed de que Gekko falava parece vencer num mundo cada vez mais subjugado ao poder do capital, em que se vende o que de mais precioso existe: o tempo.

2 comentários:

  1. Recomendo a sequela (http://www.imdb.com/title/tt1027718/)!
    Agradou-me, sobretudo, a forma como o filme foi bem contextualizado temporalmente, passando uma forte sensação de relato verídico...

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  2. A sequela??? Eu não gostei... Acho que estragaram o Gekko :P mas a contextualização foi boa, sim!!!

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