quinta-feira, 17 de novembro de 2011

The Ides Of March


Não é segredo que nos últimos anos os filmes feitos por ou com George Clooney são dum elevado interesse cultural. Mesmo para quem não seja particularmente fã do senhor (como é o meu caso) há que admitir que parece que ele nasceu para este tipo de papel e a sua apetência por filmes que abordam assuntos complexos e controversos transmite-se nas sucessivas apostas que tem feito.
The Ides Of March é mais um brilhante desafio no que concerne os meandros políticos e as entranhas humanas.
Para além de Clooney, o elenco é duma excelência elevada. Quer Paul Giamatti, quer Philip Symour Hoffman são dois actores geniais. E Ryan Gosling afirma-se mais uma vez como um dos melhores actores actuais. É Gosling que transporta o filme às costas; é no seu olhar que nos colocamos e nos revemos; é, aliás, no seu olhar (vincadamente diferente ao longo da película) que residem alguns dos melhores momentos.
Tive um Professor que dizia que “todos temos um preço”. Desengane-se quem pensa que não se inclui nesta afirmação, porque, efectivamente, todos temos um preço. Pode não se traduzir num valor monetário, mas numa crença ou ente querido; mas em última instância há sempre algo que não estamos dispostos a perder ou a abdicar.
Esta película demonstra de forma magistral o teor desta afirmação e o que pode acontecer quando as regras do jogo se invertem, ou quando somos apanhados num jogo que não queríamos (ou não estávamos aparentemente preparados para) jogar.
Um dos melhores filmes dos últimos tempos. Imperdível!


Um comentário:

  1. Concordo, concordo, concordo!
    E nunca imaginei ver "pokerfaces" tão expressivas e reveladoras...!

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