segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Dirty Dancing


Há anos que não via este filme. Decidi revê-lo há pouco.
Rever Dirty Dancing é como uma viagem no tempo, um regresso à adolescência. E continua tão adorável, como quando todas as adolescentes sonhavam dançar tão bem como a Baby e ter um partner como o Johnny.
Jennifer Grey e Patrick Swayze estão inesquecíveis. Swayze para além de actor brilhante, foi um dos dançarinos mais talentosos de sempre. Deixou saudades no mundo da dança e do cinema. 
A química entre ambos é fortíssima: quer as sequências de dança, quer a interacção dos actores está muito bem conseguida.
Todos os secundários estão perfeitos. 
O argumento é delicioso, traz-nos uma história simples, mas forte e capaz de enternecer os corações mais duros. Para além disso, tem momentos de um humor genial.
Por último, e tão fundamental como o resto para tornar este filme um ícone: a música. A banda-sonora de Dirty Dancing é das melhores que já se fez em cinema. Aliás, apesar de já não rever o filme há muitos anos, posso dizer que a banda-sonora me acompanha semanalmente (nos últimos tempos até quase numa base diária). De merengue a tcha tcha tcha, passando por alguns hits dos 60s e instrumentais delicados, é uma excelente companhia em qualquer momento.


Um Verão quente no interior em 1963, num sítio de férias familiares, onde a dança e jogos de tabuleiro são as principais actividades, cria o cenário perfeito para o desenrolar do filme.
O guarda-roupa é também ele brilhante. 
Até as chuvas fortes de Verão, com o seu ar de tropicalidade, não foram esquecidas e aquela cabana no meio dos bosques com um arzinho aliciante, quase que a chamar por nós. Aliás, os cenários estão impecáveis, transmitindo toda a nostalgia das férias de Verão, iniciada pela recordação que Baby partilha com o espectador no início do filme.
Há momentos marcantes ao longo de todo o filme, a começar pela sala clandestina de dirty dancing ao som de Do You Love Me com a boquiaberta protagonista a acompanhar-nos, depois temos o delicioso teatrinho com Love Is Strange em que é quase impossível não esboçar um satisfeito sorriso e, por último, o mítico momento final - aquela parte que rebobinavamos sempre a cassete de vídeo para voltar a ver - ao som da Time Of My Life, para sempre associada ao filme e cuja coreografia é das mais conhecidas do mundo.

O cinema tem essa capacidade linda de imortalizar as pessoas e os momentos. Podemos regressar àquela coreografia as vezes que quisermos, podemos relembrar aquele Verão quando nos apetecer, Swayze será sempre para nós aquele jovem e musculado bailarino que fez as delícias dos cinéfilos em 1987. 

Por todas estas razões, este é uma das obras mais emblemáticas do cinema e será sempre recordada com muito carinho por todos os fãs de dança que cresceram ao ritmo de Dirty Dancing.


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