segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Braveheart



Braveheart: o desafio do guerreiro.
Um verde magnético, a poderosa música escocesa, uma história apaixonante e a luta pela liberdade.

"It's our wis that makes us men."

A delicadeza duma flor pode ser um gesto do tamanho duma floresta. Se as flores falassem teriam concerteza belas histórias para partilhar.

Os pais influenciam-nos para a vida. O lugar de onde vimos, onde crescemos, o exemplo que tivemos (ou não tivemos) e a maneira como nos relacionamos desde a infância tem um profundo impacto em nós.
As primeiras pessoas que nos marcam e a primeira perda definitiva que temos é significativa na nossa formação.



Mel Gibson, um actor extraordinário, um realizador espantoso, teve aqui aquela que é a sua obra-prima. Braveheart não é apenas o seu melhor filme, é também um dos melhores filmes da história do cinema. Gibson conseguiu captar a essência do que é ser guerreiro, da luta pela liberdade: o grande desafio do guerreiro.

Liberdade? O que é a liberdade?
"Querer-se livre é querer livres os outros." Simone de Beauvoir

"You came to fight as free men and free men you are. What will you do without freedom?"


A sede de poder é uma constante da Humanidade. Porquê esta obsessão sob o controlo, a dominação? Porquê o incansável desejo de subjugar outros? Será que assim nos sentimos mais valiosos? Será que a diferença nos amedronta? Nos assusta? Aquilo que não compreendemos, porque não conhecemos.

A confiança. Mas como podemos confiar se a traição é uma constante? Como podemos acreditar? Como podemos ter a fé necessária para dar o passo no escuro; ter a coragem de lutar, de seguir aquilo em que acreditamos?

"Men don't follow titles, they follow courage."

A coragem é a capacidade que o ser humano tem de enfrentar os seus medos. Alguém é mais facilmente destemido quando não tem nada a perder (e o que temos a perder senão ilusões?).
E o que inspira mais o ser humano do que a coragem?


O amor. Este filme demonstra a indubitável força do amor e aquilo de que torna o ser humano capaz. Alguém que ame verdadeiramente, com todas as suas forças, perde o medo de morrer. A morte torna-se natural, aceitável quando estamos cheios de vida, torna-se uma consequência, mais um passo no caminho.
Muitos dirão que o amor é apenas uma lamechice num filme de guerreiros, mas é justamente esse encontro que nos desperta.

A banda-sonora é uma das melhores de sempre. James Horner na perfeição. Aliás, este filme sem a banda-sonora não seria nada. A música tem uma força avassaladora na influência que as imagens têm no espectador. Em Braveheart, a música é o grande motor que nos leva de batalha em batalha até ao inesquecível final.

Mel Gibson está perfeito: inspirador como guerreiro, engraçado na dose certa, invasivo como amante. Um perfeito equilíbrio deste William Wallace tão apaixonante como memorável.
E a questão que se coloca é: como queremos viver?

"Every man die. Not all men really live."

O final do filme é um dos melhores momentos de cinema. Até a multidão fica rendida. E, a imagem da espada no horizonte é uma das mais icónicas da sétima arte.

Um dos melhores filmes de sempre!

"Your heart is free. Have the courage to follow it."


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