Antes de mais é importante referir que este filme é baseado no primeiro livro da trilogia Millennium de Stieg Larsson e que, segundo consta, a tradução literal do título é Os Homens Que Odeiam As Mulheres (embora este nome se coadune de forma perfeita com o filme é bem mais pesado do que a frase em inglês).
Nessa medida, é também importante referir que a trilogia já foi adaptada a cinema na Suécia (país de origem do autor). Diz quem viu o primeiro volume que é duma elevadissíma qualidade e que Noomi Rapace (a mesma actriz do último Sherlock Holmes A Game Of Shadows) estava divinal. No entanto, a distribuição dum filme sueco não é, como se sabe, a mesma dum filme americano. Assim, este volume chegou a Portugal com honras de grande estreia, um trailer incrível, uma estrela internacionalmente reconhecida e talentosa (de nome Daniel Craig) e um dos mais competentes realizadores da actualidade.
David Fincher, realizador de nomes como Seven, The Game, Fight Club ou The Social Network nunca desilude. Aqui mostra mais uma vez a sua enorme mestria.
O livro de Larsson possui uma história cativante, que prende desde o primeiro momento. Não tendo lido o livro, nem visto a primeira adaptação cinematográfica, não posso falar como se conhecesse todo este universo, mas posso dizer que o filme é tão pesado como apaixonante.
Fincher dirige com elevado rigor e a investigação em curso é magistralmente desenvolvida.
Rooney Mara interpreta aquele que será o papel principal do filme, numa soberba composição desta personagem particular.
Para além de Mara e Craig temos secundários de peso, nomeadamente Christopher Plummer, Stelan Skarsgaard, Robin Wright, Joely Richardson e, claro, Yorick van Wageningen (que tem um papel tão abominável, como perfeitamente interpretado).
The Girl With The Dragon Tattoo é assim um interessante e curioso jogo de mistérios e segredos, que enredam o espectador durante toda a película.
Eu fiquei tenso do início ao fim, de estômago embrulhado na cena do gorducho (e até alguns dias depois por conta dela), e desde o início eu já previa o final - não gostei dessa parte óbvia. Mas o filme é EXCELENTE. E a personagem Elizabeth Sobrenome-que-eu-não-vou-lembrar conseguia ser carismática e fascinante, com toda sua antipatia. Ansioso pelos 2 outros.
ResponderExcluir(Ouvi que a versão sueca é ainda mais violenta, mas nunca cheguei a ver).