Angelina Jolie é uma das estrelas de cinema mais mediática e dedicada da era actual.
É uma mulher admirável que abraça causas nobres e, aparentemente, esforçada em tudo o que faz.
Este In The Land Of Blood And Honey não é excepção. Há notoriamente uma enorme dedicação da actriz (aqui como realizadora e argumentista) a este projecto.
Para além destas características, Jolie gosta de personagens fortes e histórias com carácter. Este filme é representativo disso mesmo, pois trata-se duma obra marcante.
In The Land Of Blood And Honey é um filme pesado e sem papas na língua, que retrata os conflitos ocorridos na Bósnia e mostra guerra tal como ela é/foi.
Em guerra são cometidas as maiores atrocidades, os seres humanos deixam de ser humanos e passam a ser inferiores a animais. Os animais caçam para comer a não infligem a si próprios ou a outros as atrocidades que os humanos parecem ter prazer em perpetuar.
E, como habitualmente, as pessoas que mais sofrem, que mais são prejudicadas por estes conflitos sem sentido, são as mulheres e as crianças.
Esta obra debruça-se, sobretudo, nos males infligidos às mulheres, pessoas como nós, como as nossas mães, as nossas irmãs, as nossas filhas, não há tanto tempo assim numa terra bem perto de nós. E, duma maneira mais abrangente, mostra a realidade que acontece no mundo em que vivemos no momento em que escrevo estas palavras.
O mundo é, de facto, um lugar cruel e injusto em que os mais fracos (e simultaneamente os mais fortes) são sucessivamente esmagados pela violência interminável que perpetuamos uns aos outros.Um filme pesado e verdadeiro, não recomendável a estados de espírito sensíveis.
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