Posso começar por dizer que Terrence Malick é um dos realizadores que mais me fascina.
The Tree Of Life é mais uma das suas obras primas.
À semelhança de The Thin Red Line ou The New World este filme é um poema audível e visível.
As imagens de infinita beleza levam-nos ao questionamento do nosso próprio percurso, do sentido do todo, da casualidade do mundo, do confronto e simultaneamente da complementaridade entre a natureza e a graça, tão bem representados na pele dos progenitores.
A luz que nos guia e que existe em cada um de nós, é também ela, um reflexo da fugacidade de tudo, que o Homem, como ser pensante, tem dificuldade em aceitar. A permanência é uma necessidade intrínseca da condição humana e a libertação é alcançada pela aceitação da árvore da vida. Ou como diria Blake nessa sensata e esclarecedora quadra de nome Eternity:
"He who binds to himself a joy
Does the winged life destroy;
But he who kisses the joy as it flies
Lives in eternity's sun rise. "