quinta-feira, 26 de julho de 2012

The Tree Of Life


Posso começar por dizer que Terrence Malick é um dos realizadores que mais me fascina.
The Tree Of Life é mais uma das suas obras primas.
À semelhança de The Thin Red Line ou The New World este filme é um poema audível e visível.
As imagens de infinita beleza levam-nos ao questionamento do nosso próprio percurso, do sentido do todo, da casualidade do mundo, do confronto e simultaneamente da complementaridade entre a natureza e a graça, tão bem representados na pele dos progenitores.
A luz que nos guia e que existe em cada um de nós, é também ela, um reflexo da fugacidade de tudo, que o Homem, como ser pensante, tem dificuldade em aceitar. A permanência é uma necessidade intrínseca da condição humana e a libertação é alcançada pela aceitação da árvore da vida. Ou como diria Blake nessa sensata e esclarecedora quadra de nome Eternity:


"He who binds to himself a joy
Does the winged life destroy;
But he who kisses the joy as it flies
Lives in eternity's sun rise. "


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Moonrise Kingdom


Ora aqui está uma obra surpreendente.
Eis que vou ao cinema despida de expectativas (e nos dias que correm ainda há espaço para expectativas?) e este filme tem um efeito de deslumbramento.
Para além do soberbo leque de actores, a história simples e tão divertida quanto tocante apaixona qualquer espectador.
Tem como palco essa época idilica e sem fronteiras que se chama juventude.Aquele tempo onde se acredita até ao último folego, até à última gota. Aquele tempo onde tudo é possível. Aquele tempo onde o lugar para sonhos e possibilidades é infinito. Onde "pensar é estar doente dos olhos":

"Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar."
Alberto Caeiro

Imperdível!

Faith in Cinema

sábado, 21 de julho de 2012

Burns Itself Out


"When a fire burns itself out, all you have left is ashes."
Vienna (Joan Crawford) - Johnny Guitar

Things Change


"Things change. They always do, it's one of the things of nature. Most people are afraid of change, but if you look at it as something you can always count on, then it can be a comfort."
Robert Kincaid (Clint Eastwood) - The Bridges Of Madison County


More Myself


"And in that moment, everything I knew to be true about myself up until then was gone. I was acting like another woman, yet I was more myself than ever before."
Francesca (Meryl Streep) - The Bridges Of Madison County